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Esôfago de Barrett: como detectar e tratar a doença?

12/04/2022

O Esôfago de Barret é uma doença que provoca complicações no tecido que reveste o esôfago.

Quer saber como o problema é diagnosticado e qual o tratamento indicado? Então, continue nos acompanhando!

O que causa Esôfago de Barret?

Em geral, as lesões que caracterizam o Esôfago de Barret ocorrem devido ao contato dos tecidos do esôfago com o conteúdo estomacal, ou seja, os ácidos que o estômago produz. 

Assim sendo, podemos dizer que a principal causa da doença é o refluxo gastresofágico ou DRGE. Quando acontece o refluxo, o conteúdo passa do estômago para o esôfago sempre que o indivíduo ingere algum alimento. 

E como a mucosa do esôfago não possui a mesma proteção das paredes estomacais, elas acabam sofrendo constantes lesões, pelo contato que teve com a acidez.

Também podemos dizer que o refluxo está relacionado com o acúmulo de gordura abdominal, além da predisposição genética e fatores como a obesidade, o tabagismo e uso excessivo de álcool.

A doença quase nunca provoca sintomas, mas existem os casos onde o indivíduo com Esôfago de Barret apresenta sintomas semelhantes aos do refluxo, sendo eles:

  • Azia;
  • Gosto amargo na boca;
  • Sensação de queimação;
  • Enjoo;
  • Vômito;
  • Constantes arrotos, entre outros.

Como diagnosticar Esôfago de Barret?

Geralmente, a doença é detectada por meio de endoscopia, onde é inserido um tubo pela cavidade oral, permitindo a análise de todo o revestimento do esôfago e o recolhimento de uma pequena amostra de tecido para biópsia.

E como funciona o tratamento?

O tratamento é baseado no controle do refluxo, para amenizar de maneira eficaz o retorno do ácido para o esôfago. Em geral, são indicados medicamentos ou cirurgia, e ambas as opções possuem uma eficácia relevante. Inclusive, existem casos onde os dois tratamentos são administrados juntos.

Nos casos mais avançados, onde o paciente não obteve sucesso com o tratamento conservador, são necessárias intervenções um pouco maiores, como a ablação, por exemplo.

Por conta do longo contato do esôfago com o ácido estomacal, a ablação por radiofrequência é realizada para eliminar as células que sofreram complicações e levá-las ao estágio de displasia. 

A alimentação também é importante no tratamento da doença. É importante manter uma dieta pobre em gorduras e alimentos apimentados, como feijoada, salgadinhos ou churrasco, que podem provocar a má digestão.

Algumas bebidas com gás, assim como refringentes, devem ser evitados, uma vez que aumentam a produção de gases e as chances de refluxo.

Vale ressaltar que, mesmo sendo uma condição benigna, a doença precisa ser tratada imediatamente para eliminar as chances de evolução para um quadro maligno de câncer de esôfago.

O conteúdo foi esclarecedor? Possui mais alguma dúvida sobre o assunto? Deixe um comentário abaixo e compartilhe!

Foto do Dr. Agnaldo Soares Lima.
Sobre o autor
Dr. Sergio Szachnowicz
Membro Titular do CBCD; Mestre e Doutor em Ciências em Gastroenterologia pela Faculdade de Medicina da USP
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