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O câncer do estômago é agressivo e o 5º tumor maligno mais comum no Brasil. Embora seja a segunda maior causa de morte por câncer no mundo, seu diagnóstico precoce permite que muitos pacientes se curem.
Existem vários tipos de tumores malignos que podem afetar o estômago. A maioria, cerca de 95%, tem origem nas células que revestem a camada interna (mucosa) e são chamados de adenocarcinoma. Além disso, os outros que podem acometer o órgão raramente incluem linfoma, sarcoma, carcinoide ou GIST.
Determinar o tipo de tumor é essencial para orientar o melhor tratamento bem como o resultado.
Embora suas causas ainda não sejam esclarecidas, estudos apontam alguns fatores importantes para o aparecimento do câncer do estômago. São eles:
- Nutrição: alimentos com conservantes, grande quantidade de sal, defumados e enlatados, por exemplo. Em contrapartida, a ingestão de vegetais, legumes e frutas reduz o risco de surgimento da doença;
- Infecção de estômago pela H. pylori: esta é uma bactéria encontrada na maioria das pessoas, cerca de 70%, e em quase todas elas não provoca alterações ou lesões. No entanto, em algumas, pode causar problemas na mucosa que reveste o estômago, com possibilidade de evolução para câncer;
- Pólipos no estômago: a maioria dos pólipos (massa ou lesão saliente) é benigna e não evolui para câncer. No entanto, alguns podem ser inflamatórios ou malignos;
- Gastrite crônica atrófica: esse tipo de gastrite é causado, geralmente, pela bactéria pylori e consiste na atrofia da mucosa do estômago. Pacientes com essa doença, sobretudo quando está associada à metaplasia intestinal (uma substituição das células da mucosa estomacal por outras encontradas no intestino), precisam ser acompanhados periodicamente. Além disso, a gastrite hipertrófica também pode evoluir para câncer;
- Predisposição genética: embora não seja um fator muito importante, pessoas com histórico familiar de câncer de estômago têm mais chances de desenvolver a doença.
Inicialmente, o câncer do estômago não causa sintomas. Os sinais só começam a se manifestar quando o tumor aumenta de tamanho. Nesse sentido, pode provocar:
- Desconforto, azia ou dor no abdômen superior;
- Sensação de estômago cheio;
- Diminuição do apetite e perda de peso;
- Náuseas e vômitos;
- Anemia sem causa determinada. Pode se manifestar com palidez, cansaço, Indisposição ou fraqueza;
- Sangue no vômito ou fezes pretas e malcheirosas, às vezes com sangue;
- Massa ou tumor palpável no abdômen superior.
As manifestações costumam ser discretas e ocasionais. Por isso é comum que sejam confundidas com outras doenças como, por exemplo, gastrite e úlcera péptica.
O indivíduo deve procurar um médico caso apresente algum dos sintomas citados anteriormente. São mais preocupantes se surgirem em pessoas acima dos 50 anos, entretanto não é raro ocorrer em adultos jovens. Desse modo, os sinais devem ser investigados em pessoas de qualquer faixa etária.
Existem, basicamente, 4 tipos de tratamento para o câncer do estômago: cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapia biológica.
Em quase todos os pacientes, o tratamento cirúrgico se faz necessário, em complemento à quimio e à radioterapia. Entretanto, a escolha de um deles ou uma combinação de mais de um tipo é individual, conforme o tamanho, localização e extensão do tumor.
Os principais tipos de cirurgia são:
Gastrectomia subtotal: consiste na remoção de uma parte do estômago que contém o tumor. Além disso, são removidos os linfonodos adjacentes e outros órgãos vizinhos que possam ter sido invadidos. É indicada para indivíduos com tumores pequenos localizados nas áreas mais distantes do esôfago;
Gastrectomia total: quando é removido o estômago por completo, bem como os linfonodos adjacentes e outros órgãos que possam ter sido invadidos. É indicada para pacientes com tumores grandes ou pequenos que estão localizados na parte proximal do estômago;
Excisão local: remoção local do tumor via endoscopia, sem necessidade de gastrectomia. No entanto só pode ser feito em tumores muito pequenos e limitados à mucosa. Dessa forma, evita-se a excisão incompleta e, por consequência, a recidiva do tumor.
Para uma boa recuperação, é importante que o paciente siga as orientações abaixo:
- O médico deverá orientar como será a dieta pós-operatória, normalmente evitando grandes quantidades de alimentos em uma única refeição. Além disso, poderá receitar analgésicos para alívio de dores;
- As incisões serão fechadas através de pontos e cobertas com curativos. Então, é comum que ocorra inchaço, hematomas ou pequenos sangramentos. Não é preciso se preocupar;
- Respire fundo por 3 vezes a cada hora. Desse modo, você expande melhor seu pulmão e evita complicações como, por exemplo, febre e pneumonia;
- Evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Por isso, procure andar bastante e subir escadas. Quando estiver se movimentando rápido e com pouca dor, pode voltar a dirigir. Além disso, não deve levantar objetos pesados e tossir/espirrar com delicadeza para evitar hérnia;
- Caso a operação tenha sido feita com a técnica de laparoscopia, é comum sentir dor no ombro. Geralmente, desaparece em poucos dias;
- Em caso de retirada total do estômago, ou em outras situações que o médico julgar necessário, o paciente deverá receber injeções de vitamina B12 uma vez ao mês por toda a vida.
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