O pâncreas é um órgão do sistema digestivo e apresenta funções exócrinas (produção e liberação de substâncias que ajudam na digestão) e endócrinas como a produção de insulina. Entre as doenças que podem ocorrem no pâncreas incluem as pancreatites agudas e crônicas.
Neste artigo você vai entender um pouco mais sobre essas duas pancreatites. Acompanhe!
Índice
A pancreatite aguda representa a resposta inflamatória do pâncreas em resposta a diferentes situações.
As principais causas de pancreatite aguda são colelitíase (cálculos ou pedras na vesícula biliar que migram pelo canal da bile), álcool, hipertrigliceridemia (gordura no sangue) e iatrogenia (acidentes durante procedimentos por endoscopia), infecção, medicamentos, entre outras.
O principal sintoma da pancreatite aguda é a dor abdominal, que dependendo da intensidade, pode levar o paciente para internação em unidade de terapia intensiva com risco de vida.
Nestes casos graves o paciente pode necessitar de uma alimentação através de uma sonda colocada pelo nariz. Entretanto, nos casos leves, o risco de vida é muito baixo e o paciente pode ficar pouco tempo no hospital e ter uma recuperação mais rápida.
O diagnóstico pode ser confirmado através dos sintomas (dor, náuseas, vômitos), exames de laboratório (as dosagens de amilase e leucócitos no exame de sangue podem estar aumentados) e exames de imagem (tomografia computadorizada do abdome).
Nos casos das iatrogenias (acidentes durante procedimentos), estas podem ocorrer durante procedimentos para retirada de pedras no canal da bile (colangiopancreatografia endoscópica retrógrada – CPRE) ou colocação de sondas e próteses no canal da bile, para melhorar o seu esvaziamento.
O tratamento consiste em medidas clínicas, medicamentos sintomáticos, sendo necessário em algumas situações o uso de antibióticos. Entre as complicações da pancreatite aguda podem ocorrer formação de abscessos (coleções com pus), cistos (coleções com líquido claro) ou sangramentos.
Com a gravidade da doença o paciente pode perder a função de alguns órgãos (disfunção orgânica múltipla), que podem levar ao óbito. A cirurgia pode ser necessária em algumas situações de pancreatite aguda, particularmente quando há infecção do tecido pancreático necrótico (tecido morto) no abdômen que não foi possível ser tratada por outras medidas. Esta operação, para retirada e limpeza do abdômen, pode ser realizada por cirurgia de acesso mínimo (laparoscópica ou robótica).
As medidas que podem reduzir o risco da doença incluem a cirurgia da vesícula biliar (colecistectomia) naqueles pacientes que apresentam cálculos (pedras) na vesícula, moderação no uso de bebidas alcoólicas, controle do peso, evitar uso excessivo de alguns medicamentos. As orientações do seu médico devem ser seguidas.
Todos os pacientes que apresentam pancreatite aguda devido a cálculos (pedras) na vesícula biliar, devem ser submetidos a cirurgia da retirada da vesícula (colecistectomia). Normalmente este procedimento é realizado com pequenos cortes no abdome (videolaparoscopia), com pouco tempo de internação e retorno rápido às suas atividades regulares.
A pancreatite crônica acontece principalmente relacionado ao uso crônico (prolongado) de bebidas alcoólicas e tabagismo.
O principal sintoma é a dor abdominal, mas dependendo da evolução o paciente pode apresentar perda de peso, diarreia e diabetes. Se a doença avança na região da cabeça do pâncreas o paciente pode ficar com os olhos amarelos (icterícia).
Normalmente o diagnóstico é feito através de exames de imagem (tomografia computadorizada de abdome).
O tratamento vai desde as medidas clínicas com analgésicos, endoscopia para facilitar a drenagem da secreção do pâncreas e cirurgia. Existe o risco em alguns pacientes da pancreatite crônica evoluir para neoplasia (câncer) de pâncreas. A cirurgia serve para desobstruir o canal do pâncreas, aliviando a dor e facilitando a drenagem da secreção do pâncreas. A maioria dos procedimentos na pancreatite crônica podem ser tratados por cirurgias de incisões mínimas (pequenos cortes).
Os riscos do paciente que apresenta pancreatite crônica são o comprometimento definitivo das funções desse órgão. Nestes casos o paciente pode apresentar diabetes mellitus (ficar diabético), apresentar sinais de dificuldade de absorção dos alimentos (diarreia, desnutrição, perda de peso). As fezes apresentam características gordurosas e de odor forte.
Tanto a pancreatite aguda, quanto a pancreatite crônica podem ser (muitas vezes) evitadas e tratadas de forma satisfatória. Converse com o seu médico sobre mais detalhes dessas doenças que em algumas situações podem ser muito graves.
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