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O câncer do intestino grosso, ou colorretal, é um tumor maligno que tem início no cólon ou no reto. É um dos mais comuns do organismo, mas, quando diagnosticado precocemente, pode ser curado.
Embora suas causas não sejam totalmente esclarecidas, sabe-se que não existe um único fator responsável por todos os casos de câncer do intestino grosso. Os principais são:
- Alterações genéticas: podem ser herdadas dos pais (predisposição ou tendência familiar) ou aparecer espontaneamente por erro no processo de divisão das células do intestino ao longo da vida. São responsáveis pela maioria dos cânceres do intestino grosso;
- Fatores dietéticos: uma dieta rica em carne vermelha, gordura animal e pobre em fibras vegetais aumenta a chance de desenvolver a doença. Em contrapartida, uma alimentação baseada em vegetais, cereais e frutas reduz essa possibilidade;
- Outros fatores: pessoas com alguma doença intestinal incomum, como a retocolite ulcerativa idiopática, ou que foram submetidas à radioterapia anteriormente para tratar tumores têm maior risco de adquirir o câncer.
Além das causas indicadas acima, existem alguns fatores de risco de elevam as chances de um indivíduo ter câncer do intestino grosso. Isso não significa, no entanto, que todas as pessoas que possuem essas condições terão a doença ou que a ausência de fatores elimina a possibilidade de o indivíduo ser afetado.
Os fatores são, principalmente:
- Idade acima de 50 anos;
- Histórico familiar de câncer no intestino grosso;
- Histórico pessoal de pólipos no intestino.
Fazer avaliações médicas periódicas podem evitar o desenvolvimento da doença. Isso porque existem exames que conseguem diagnosticar e retirar os pólipos do intestino antes que se tornem câncer.
Entre os exames, pode ser feita uma pesquisa de sangue nas fezes, já que pode ser um indício da presença do câncer, e a colonoscopia. Trata-se de um tipo de endoscopia que consiste na introdução de um tubo flexível e fino pelo ânus para visualizar toda a extensão do intestino grosso.
Em sua fase inicial, o câncer do intestino grosso não provoca sintomas. No entanto, quando o tumor aumenta, pode causar desconforto abdominal, mudanças no hábito intestinal, presença de sangue nas fezes, anemia e perda de peso.
Portanto, caso apresente um ou mais sintomas descritos, é fundamental procurar um médico. Embora esses sinais sejam frequentemente associados a outras doenças mais comuns, uma avaliação é essencial para excluir a possibilidade de ser câncer.
Existem 4 opções de tratamento para o câncer do intestino grosso que podem ser utilizados. A escolha de um ou uma combinação de mais de um tipo é individualizada. Varia de acordo com fatores como, por exemplo, tamanho, localização e extensão do tumor, bem como condições clínicas do paciente. São eles:
É a principal forma de tratamento para todos os estágios do câncer. O tipo de cirurgia varia conforme o tamanho e o local do tumor bem como sua presença em outros órgãos. Os procedimentos podem ser:
- Colectomia: Consiste na remoção de uma parte do intestino grosso que contém o tumor, além dos linfonodos adjacentes. O trânsito do órgão é reconstruído por meio de sutura com a ajuda de instrumentos especiais. A colectomia pode ser feita por via aberta (corte grande no abdômen) ou laparoscópica (pequenos furos).
- Excisão local: Alguns tumores iniciais podem ser tratados por remoção local, sem necessidade de colectomia. Além disso, se o tumor estiver em um pólipo numa fase inicial, a retirada total pode ser feita através da colonoscopia. Tanto a remoção dos pólipos quanto a retirada local do tumor através do ânus têm a vantagem de não necessitarem da cirurgia de colectomia. Entretanto, esses métodos só podem ser utilizados em tumores pequenos para evitar a remoção incompleta e, por consequência, recidiva do câncer.
- Tratamento cirúrgico de metástase: Nos casos em que o câncer é diagnosticado de forma tardia, é possível que o tumor invada outros órgãos. Dessa maneira, pode ser necessária a remoção parcial ou completa desses órgãos. A retirada pode acontecer antes, durante ou depois da cirurgia do intestino grosso. No entanto, a escolha do momento mais propício depende de diversos fatores como, por exemplo, tamanho, número de metástases e de tecidos comprometidos, bem como o estado geral do paciente.
Além da cirurgia, faz parte do tratamento a realização de quimioterapia. Consiste no uso de medicamentos que destroem as células cancerígenas ou impedem sua multiplicação. Essa medicação circula por todo o organismo e pode destruir o câncer de qualquer parte do corpo (efeito sistêmico). O objetivo principal da quimioterapia é aumentar as chances de cura do paciente.
Contudo, o método não é necessário para os casos de tumores diagnosticados na fase inicial. Em geral, a quimioterapia costuma ser usada quando o câncer do intestino grosso é grande ou apresenta metástase. É iniciada após o tratamento cirúrgico.
Uma fonte de elevada energia ionizante é utilizada para destruir as células cancerosas ou impedir sua multiplicação. Além disso, a radioterapia é feita com o auxílio de uma máquina externa e pode ser usada antes ou depois da cirurgia.
Entretanto, ao contrário da quimioterapia que destrói as células em qualquer parte do corpo, a radioterapia se limita ao local em que é aplicada. Dessa forma, diminui o tamanho do tumor e reduz a recidiva local. Nesse caso, efeitos colaterais são frequentes e, às vezes, alguns são definitivos. O médico poderá orientar sobre o assunto.
Consiste em anticorpos produzidos em laboratório e que agem especificamente contra as células tumorais, reduzindo o crescimento do câncer. Dessa forma, não causam lesões nas células normais. Os efeitos colaterais podem existir, mas, em geral, são leves e temporários.
No pós-operatório, embora a grande maioria não precise, alguns casos necessitam do uso da bolsa de colostomia como parte do tratamento do câncer do intestino grosso. O uso pode ser temporário, por dois ou três meses, ou definitivo.
Depois de completado o tratamento, o paciente precisa realizar exames médicos regularmente para se certificar de que o câncer não retornará ou de que um novo tumor não irá aparecer.
Outras orientações incluem:
- O médico deverá orientar a dieta do paciente bem como o uso de analgésicos para aliviar dores;
- As incisões serão fechadas através de pontos e cobertas com curativos. Então, é comum que ocorra inchaço, hematomas ou pequenos sangramentos. Não é preciso se preocupar;
- Respire fundo por 3 vezes a cada hora. Desse modo, você expande melhor seu pulmão e evita complicações como, por exemplo, febre e pneumonia;
- Evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Por isso, procure andar bastante e subir escadas. Quando estiver se movimentando rápido e com pouca dor, pode voltar a dirigir. Além disso, não deve levantar objetos pesados e tossir/espirrar com delicadeza para evitar hérnia;
- Caso a operação tenha sido feita com a técnica de laparoscopia, é comum sentir dor no ombro. Geralmente, desaparece em poucos dias;
- Em caso de alguma complicação, procurar imediatamente seu médico.
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