“O professor Starzl foi um homem à frente do seu tempo”, afirmou o professor Luiz Augusto Carneiro D´Albuquerque, do Departamento de Gastroenterologia do HC da Universidade de São Paulo, ao falar sobre a morte do ‘pai do transplante hepático’, que faleceu em Pittsburgh, na Pensilvânia, no dia 4 de março.
Para o professor Carneiro, que trabalhou junto com Starzl, nos Estados Unidos, a lição mais marcante que ele deixa é que “não devemos desistir jamais, e sim procurar por outras opções, pois sempre existe uma nova solução”.
Não desistir, era o lema de Thomas Starzl e em sua memória, o professor Carneiro diz que “devemos agora procurar difundir a preocupação com o novo, com o publicar e com o transmitir ao maior número de pessoas e centros possíveis, os conceitos desenvolvidos”.
O professor Starzl (1926-2017) fez mais de 200 transplantes em cães, antes da primeira tentativa de transplante em humanos. Usou inicialmente a técnica heterotópica, passou depois a adotar o procedimento ortotópico, com substituição do fígado doente e estudou profundamente os imunossupressores, tanto que foi seu grupo que desenvolveu a ciclosporina.
Na década de 1960, quando cerca de 200 transplantes de fígado foram feitos no mundo inteiro, Starzl respondeu por mais da metade desse total e em 1967 conseguiu a primeira sobrevida a longo prazo, de uma menina hispânica com 19 meses, vítima de colangiocarcinoma, o que está relatado na obra que deixou, ‘The Puzzle people – Memoirs of a transplant surgeon’. Sua página oficial na universidade está em http://www.starzl.pitt.edu/
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