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Cálculo ou pedra da vesícula é uma doença comum que afeta cerca de 10 milhões de brasileiros. O problema pode surgir em qualquer pessoa, mas, sobretudo, quando estão associadas a fatores como, por exemplo:
- Idade: embora a doença possa acometer, inclusive, as crianças, as chances de adquiri-la aumentam com o passar do tempo, sendo mais comum em adultos e idosos;
- Mulher: as pedras na vesícula são mais comuns em mulheres, principalmente as que já engravidaram;
- Obesidade: pessoas obesas possuem uma chance maior de ter cálculo na vesícula;
- Hereditariedade: histórico familiar de pedras na vesícula também é um fator determinante.
A bile é a principal responsável pela formação de cálculo na vesícula. O fluido é produzido pelo fígado e eliminado pelo intestino, ajudando na digestão de alimentos gordurosos. Além disso, o suco biliar contém várias substâncias como, por exemplo, colesterol e pigmentos. Então, quando algumas dessas substâncias aumentam em quantidade na bile, podem se depositar na vesícula. Assim, com o passar dos anos, se transformam em pedras.
A doença pode provocar sintomas grandes e intensos. Os mais comuns são:
- Dor forte no abdômen, do lado direito ou na boca do estômago. Esse sintoma dura, geralmente, de 30 minutos a 2 horas. No entanto, quando é mais prolongada, pode indicar que está ocorrendo uma complicação. Assim, o paciente precisa procurar seu médico com urgência;
- Enjoo e vômito;
- Inflamação ou infecção na vesícula;
- Icterícia (amarelão);
- Pancreatite aguda.
Entretanto, nem todos os pacientes apresentam sintomas, sendo que a maioria deles podem nunca sentir nada. Não há como determinar quais indivíduos terão sinais da doença. Contudo, quando o paciente apresenta um ou mais desses citados anteriormente, a possibilidade deste sintoma se repetir ou de ocorrer complicação é grande.
A ultrassonografia ou ecografia do abdômen é a melhor forma de diagnosticar o cálculo na vesícula. A tomografia, no entanto, não pode mostrar as pedras em um grande número de pacientes.
A única maneira de tratar a doença é com a retirada da vesícula biliar, num método chamado de colecistectomia. Desde que o paciente não apresente complicações, o tratamento da pedra na vesícula é simples.
A retirada de vesícula pode ser realizada via laparoscopia na maioria dos pacientes. Primeiramente é injetado gás carbônico dentro do abdômen para criar um espaço, por meio do qual o médico poderá fazer a cirurgia com segurança. Em seguida, são feitos 4 furos pequenos e uma câmera é inserida através de um deles. Dessa forma, o cirurgião e sua equipe conseguem visualizar melhor toda a região. O procedimento elimina a necessidade de fazer um corte grande na barriga.
A cirurgia não é indicada para todos os pacientes com cálculo na vesícula, sobretudo os que não apresentaram sintomas. Nesse sentido, o médico poderá ajudar a decidir se a operação é a melhor opção para o seu caso.
O tratamento cirúrgico apresenta várias vantagens como, por exemplo, rápida recuperação do paciente, resolução completa e definitiva da doença, pouca dor no pós-operatório, cicatriz mínima e menor risco de infecção.
- Como já foi dito, a recuperação do paciente é rápida e a maioria pode retomar suas atividades de rotina em poucos dias. As demais orientações de pós-operatório incluem:
- O indivíduo pode comer qualquer alimento depois da cirurgia, inclusive sólidos. Portanto, não há dieta especial. Além disso, alguns pacientes podem apresentar náuseas e vômitos no primeiro dia devido aos medicamentos e anestésicos recebidos. Caso isso ocorra, ingerir somente líquidos em pequenas quantidades é uma dica. Os sintomas costumam desaparecer após um ou dois dias;
- Depois da laparoscopia é comum sentir dores no ombro. É uma consequência da irritação de um nervo que fica entre o abdômen e o tórax. Entretanto, essa dor costuma sumir em poucas horas ou até dias. Se for intensa, pode ser o caso de tomar um analgésico receitado pelo médico;
- As incisões serão fechadas através de pontos e cobertas com curativos. Então, é comum que ocorra inchaço, hematomas ou pequenos sangramentos. Não é preciso se preocupar. Além disso, o paciente não deve retirar o micropore sem orientação médica, podendo tomar banho e molhá-lo sem problemas;
- Respire fundo por 3 vezes a cada hora. Desse modo, você expande melhor seu pulmão e evita complicações como, por exemplo, febre e pneumonia;
- Evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Por isso, procure andar bastante e subir escadas. Quando estiver se movimentando rápido e com pouca dor, pode voltar a dirigir. Além disso, não deve levantar objetos pesados e tossir/espirrar com delicadeza para evitar hérnia.
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