Hérnia Paraesofágica: quando a cirurgia é necessária? 

    Hérnia Paraesofágica: quando a cirurgia é necessária? 
18 de junho

Hérnia Paraesofágica: quando a cirurgia é necessária? 


A hérnia paraesofágica pode não causar muitos sintomas, mas seus riscos aumentam com o passar do tempo. Saber identificar os sinais e entender quando a cirurgia é necessária pode evitar complicações graves. O tratamento cirúrgico pode ser decisivo para preservar a saúde. Entenda mais sobre esse assunto!

Ilustração do sistema digestivo com foco no estômago e esôfago, destacando a anatomia envolvida em casos de hérnia paraesofágica.

A hérnia paraesofágica é um tipo menos comum, mas potencialmente mais grave de hérnia de hiato, em que parte do estômago desliza para o tórax ao lado do esôfago.  

Embora muitas vezes seja assintomática no início, pode evoluir com sintomas como dor torácica, refluxo intenso e dificuldade para engolir.  

É mais prevalente em pessoas acima dos 50 anos e, quando não tratada, pode causar complicações graves, como estrangulamento do estômago.  

Neste artigo, abordaremos o que é hérnia paraesofágica e como ela se diferencia da hérnia de hiato por deslizamento (a mais comum), quais sintomas indicam a necessidade de cirurgia, como ela é feita, seus riscos e benefícios. Leia até o final e saiba mais! 

O que é hérnia paraesofágica e como ela se diferencia da hérnia de hiato por deslizamento. 

A hérnia paraesofágica é uma variação menos frequente da hérnia de hiato, mas com maior potencial de complicações.  

Enquanto a hérnia de hiato do tipo deslizante ocorre quando a junção entre o esôfago e o estômago sobe para dentro do tórax, na hérnia paraesofágica apenas uma parte do estômago (o fundo gástrico) se projeta ao lado do esôfago, mantendo a junção esofagogástrica em sua posição anatômica normal. 

As principais diferenças entre os dois tipos incluem: 

  • Localização da porção herniada do estômago 
  • Preservação da junção gastroesofágica na hérnia paraesofágica 
  • Maior risco de encarceramento e estrangulamento gástrico na hérnia paraesofágica

Apesar de representar uma minoria dos casos de hérnia de hiato, a hérnia paraesofágica exige maior atenção médica por poder evoluir com complicações mesmo na ausência de sintomas iniciais. É mais comum em pessoas idosas, obesas ou com fraqueza da musculatura diafragmática. 

A diferenciação entre os tipos é feita por exames como endoscopia digestiva alta, radiografia contrastada do esôfago e do estômago e tomografia computadorizada do tórax e do abdome.  

O diagnóstico precoce é fundamental para definir o melhor manejo e prevenir complicações. Em muitos casos, a simples observação clínica é suficiente, mas em outros, a cirurgia pode se tornar necessária. 

Quais sintomas indicam a necessidade de cirurgia 

Nem toda hérnia paraesofágica precisa ser operada imediatamente. Muitos casos são acompanhados clinicamente quando não há sintomas ou sinais de complicação.  

No entanto, determinados sintomas devem servir de alerta e indicam a necessidade de avaliação cirúrgica urgente. 

Os principais sinais de alerta incluem: 

  • Dor torácica ou abdominal intensa e/ou persistente 
  • Náuseas e vômitos frequentes 
  • Dificuldade para engolir (disfagia) 
  • Sensação de saciedade precoce 
  • Anemia por sangramentos digestivos ocultos 
  • Episódios de refluxo gastroesofágico intenso
     

O maior risco da hérnia paraesofágica não tratada é o estrangulamento da parte herniada do estômago, o que compromete o fluxo sanguíneo e pode causar necrose do tecido gástrico, uma emergência médica. Nesses casos, a cirurgia é inevitável e deve ser realizada o quanto antes. 

Pacientes idosos ou com doenças associadas devem ser avaliados com cautela, pois o risco cirúrgico pode ser elevado.  

No entanto, a cirurgia preventiva pode ser indicada mesmo em casos sem sintomas, se a hérnia for grande ou se houver risco de complicações futuras. 

A avaliação individualizada por um cirurgião especializado é essencial para definir o momento certo da intervenção. 

Como é feita a cirurgia e quais são os riscos e benefícios 

A cirurgia para hérnia paraesofágica é geralmente recomendada quando há sintomas relevantes, risco de complicações ou falha do tratamento clínico.  

O procedimento visa reposicionar o estômago no abdômen, reconstruir o hiato esofágico e, muitas vezes, reforçar a barreira contra o refluxo. 

A operação é geralmente realizada por videolaparoscopia, com pequenas incisões, o que traz benefícios como: 

  • Menor dor no pós-operatório 
  • Recuperação mais rápida 
  • Menor tempo de internação 
  • Redução do risco de infecção 


Durante o procedimento, o cirurgião pode realizar uma fundoplicatura (fixação da parte superior do estômago (fundo gástrico) em torno do esôfago, criando uma valvula anti-refluxo que evita o refluxo da secreção gástrica ácida para o esôfago.  

Em casos mais complexos, quando há necrose gástrica ou nas hérnias muito grandes, a cirurgia pode exigir ressecção de parte do estômago e maior tempo de internação. 

Apesar de eficaz, a cirurgia não está isenta de riscos: 

  • Perfuração de órgãos próximos 
  • Hemorragia 
  • Recorrência da hérnia 
  • Dificuldade para engolir no pós-operatório precoce 


A maioria dos pacientes tem boa evolução após o procedimento, com alívio significativo dos sintomas e redução do risco de complicações graves.  

O acompanhamento médico no pós-operatório é fundamental para monitorar a recuperação, ajustar a dieta e garantir o sucesso a longo prazo. A decisão pela cirurgia deve sempre considerar o quadro clínico individual e os potenciais benefícios e malefícios da realização do procedimento cirúrgico. 


 Por mkt
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