
14 de abril
Câncer colorretal hereditário: quem deve fazer rastreamento?
O câncer colorretal hereditário aumenta significativamente o risco da doença em famílias predispostas. Saber quem deve fazer o rastreamento e em que idade iniciar os exames pode ser essencial para um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz. Entenda mais sobre esse assunto!

O câncer colorretal é um dos tumores malignos mais comuns no mundo, sendo responsável por milhares de mortes anualmente.
Em muitos casos, essa doença está associada a fatores genéticos, como a Síndrome de Lynch e a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), aumentando significativamente o risco de desenvolvimento precoce do câncer.
A identificação precoce por meio do rastreamento pode salvar vidas, permitindo um diagnóstico antes que a doença avance para estágios mais graves.
Neste artigo, abordaremos o que é o câncer colorretal hereditário e seus principais fatores de risco, quem deve realizar o rastreamento e qual a idade recomendada para iniciar essa investigação. Leia até o final e saiba mais!
O que é o câncer colorretal hereditário e quais são seus principais fatores de risco?
O câncer colorretal hereditário ocorre quando mutações genéticas herdadas aumentam o risco do desenvolvimento da doença ao longo da vida.
Entre as principais síndromes hereditárias associadas a esse tipo de câncer, destacam-se:
- Síndrome de Lynch (Câncer Colorretal Hereditário não Polipose – HNPCC): maior risco de desenvolver câncer colorretal e outros tipos de tumores, como endométrio, ovário, estômago e vias urinárias.
- Polipose Adenomatosa Familiar (PAF): caracterizada pelo crescimento de centenas a milhares de pólipos no intestino grosso, com risco elevado de malignização precoce.
- Síndrome de Peutz-Jeghers e Polipose Associada ao Gene MUTYH (MAP): também aumentam o risco de câncer colorretal e de outros órgãos.
Fatores como histórico familiar de câncer colorretal antes dos 50 anos, múltiplos casos na família e diagnóstico de síndromes genéticas aumentam o risco.
Quem deve realizar o rastreamento para câncer colorretal hereditário?
O rastreamento do câncer colorretal é recomendado para toda a população a partir dos 45 anos. No entanto, para pessoas com histórico familiar da doença, o monitoramento deve começar mais cedo. O ideal é iniciar 10 anos antes da idade que o familiar teve a doença. Por exemplo, se mãe teve aos 40 anos de idade, iniciar rastreamento aos 30 anos.
Algumas condições genéticas aumentam o risco de desenvolver o câncer colorretal em idades mais jovens, como:
- Parentes de primeiro grau com câncer colorretal antes dos 50 anos;
- Histórico de Síndrome de Lynch na família, que eleva as chances do câncer de cólon e outros tumores, como de endométrio e estômago;
- Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) ou outras poliposes hereditárias;
- Pessoas com histórico de câncer colorretal prévio;
- Pacientes com doenças inflamatórias intestinais crônicas (retocolite ulcerativa e Doença de Crohn).
Indivíduos com esses fatores de risco podem precisar iniciar os exames de rastreamento mais cedo, muitas vezes a partir dos 20 ou 30 anos.
Manter acompanhamento médico regular e adotar hábitos saudáveis, como uma dieta equilibrada e a prática de atividades físicas, também é essencial para a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer colorretal hereditário.
Como é o tratamento quando o câncer colorretal hereditário é identificado precocemente?
A detecção precoce do câncer colorretal hereditário é fundamental para aumentar as chances de cura e possibilitar tratamentos menos invasivos.
Quando identificado nos estágios iniciais, as opções terapêuticas são mais eficazes e menos agressivas, melhorando significativamente o prognóstico do paciente.
As principais abordagens para o tratamento precoce incluem:
- Cirurgia curativa: retirada de toda região do intestino acometida pelo tumor com margens de segurança e retirada de linfonodos junto com a retirada do intestino;
Colonoscopia
- Ressecção local de pólipos suspeitos antes da transformação maligna.
Tratamentos complementares:
- Quimioterapia adjuvante: utilizada quando há risco de recorrência, mesmo após a remoção do tumor;
- Radioterapia: aplicada em alguns casos específicos, especialmente quando há risco de recorrência;
- Terapias-alvo e imunoterapia: indicadas para casos com certas mutações genéticas específicas.
Acompanhamento e prevenção:
- Realização de colonoscopias periódicas para identificar novas lesões precocemente;
- Mudanças no estilo de vida, incluindo alimentação saudável, prática de exercícios físicos e abandono do tabagismo.
- Testes genéticos para familiares diretos, possibilitando o rastreamento e a adoção de medidas preventivas.
Com o diagnóstico precoce, os tratamentos são menos invasivos e mais eficazes, proporcionando maior qualidade e expectativa de vida aos pacientes.