O governo cubano anunciou que suspendeu o envio de 710 médicos ao Brasil, diante do aumento do número dos que se recusam a voltar no fim do contrato de 3 anos. Já são 88 os casos de cubanos que procuraram a Justiça para continuar no Brasil, sem contar os que, casando-se com brasileiros, tiveram direito automático de ficar.
O impasse fez com que o Brasil decida enviar missão a Cuba, pois embora o País queira reduzir o total de cubanos no ‘Mais Médicos’, essa mão de obra ainda é significativa, 10.400 cubanos atualmente. Já os recursos pagos pelo Brasil ao governo cubano são muito importantes para Cuba, que recebe o pagamento em dólares, difíceis de conseguir de outra forma.
A propósito, o professor Jurandir Ribas, do CBCD e ex-presidente da Associação Médica do Paraná reiterou que “não há preconceito contra os cubamos, o que queremos é que se submetam ao Revalida, para comprovar formação adequada e capacitação”.
Sem se submeterem ao Revalida, exame que o Ministério decidiu que não precisam fazer, Jurandir entende que o Brasil passa a ter duas categorias de médicos, os formados nas Faculdades brasileiras, que estudam pelo menos 9 anos para conseguirem o diploma e se especializarem e os privilegiados, que cursaram escolas no exterior e não precisam se submeter à avaliação brasileira sobre qualidade e condições de ensino que tiveram.
Para Jurandir, o caminho para dotar as cidades pequenas e afastadas dos grandes centros de médicos é a urgente aprovação de um Plano de Cargos e Salários pelo Congresso Nacional.
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