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A obesidade é uma doença comum que ocorre por consequência do acúmulo excessivo de gordura no corpo. Tem sido considerada um dos maiores problemas de saúde pública atualmente, pois sua incidência está aumentando em grandes proporções.
Para determinar se um indivíduo é obeso, o método mais utilizado é o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea). A fórmula conhecida é o peso dividido pela altura ao quadrado. O diagnóstico, bem como a intensidade da doença, pode ser estabelecido de acordo com a tabela abaixo:
Classificação | Índice de Massa Corpórea |
---|---|
Baixo peso (magro) | Menor do que 18,5 |
Normal | 18,5 – 24,9 |
Sobrepeso | 25,0 – 29,9 |
Obesidade leve | 30,0 – 34,9 |
Obesidade moderada | 35,0 – 39,9 |
Obesidade mórbida | Acima de 40,0 |
Classificação Índice de Massa Corpórea
Baixo peso (magro) Menor do que 18,5
Normal 18,5 – 24,9
Sobrepeso 25,0 – 29,9
Obesidade leve 30,0 – 34,9
Obesidade moderada 35,0 – 39,9
Obesidade mórbida Acima de 40,0
Portanto, obesidade mórbida é o termo da medicina que indica pessoas com grande excesso de peso. Além disso, apresentam risco elevado de complicações, caso não sejam tratadas adequadamente.
Pacientes com obesidade mórbida possuem chances maiores de adquirir diversas doenças e até mesmo risco de morte. As principais são:
O principal sinal da presença de hérnia inguinal é que os pacientes conseguem observar uma saliência na região. Ela fica abaixo da pele, mas se torna evidente quando o indivíduo tosse, levanta peso ou faz força. Além disso, muitos ainda sentem desconforto ou dor, que pode ser fraca ou mais intensa.
A hérnia tende a aumentar de tamanho com o tempo e, depois de alguns meses ou anos, pode ficar tão grande a ponto de alcançar a bolsa escrotal.
A complicação mais temida entre os pacientes é o estrangulamento. Isso pode ocorrer quando o intestino fica preso dentro da hérnia, incapaz de entrar no abdômen. Por isso, se não tratado com urgência, o órgão pode gangrenar (morrer). Esse problema provoca dor contínua e intensa que pode durar várias horas.
Por consequência da complicação, o intestino para de funcionar e ocorre uma distensão do abdômen, perda do apetite, bem como náuseas e vômitos. Portanto, caso apresente estes sintomas, o paciente deve procurar um médico de imediato, pois pode ser necessária uma cirurgia de urgência.
De acordo com pesquisadores, as causas da obesidade mórbida são complexas e podem envolver diversas questões. A hereditariedade, por exemplo, é um fator importante. Por isso, pessoas com um ou mais membros da família com a doença costumam ter o mesmo problema.
Além disso, a ingestão de alimentos em grande quantidade, com alto teor calórico, associada a atividade física insuficiente, colabora para um quadro de obesidade. Alterações psicológicas, fatores ambientais, econômicos, culturais, sociais e algumas doenças hormonais também estão entre as causas.
A obesidade mórbida pode ser tratada de forma clínica ou cirúrgica.
Nesse caso é possível controlar a obesidade leve e moderada com dieta rigorosa e um plano frequente de exercícios, que podem ser associados a medicamentos que diminuem o apetite. No entanto, essas medidas não são eficazes a longo prazo para a maioria dos pacientes mórbidos.
Embora a taxa de insucesso seja elevada, todo indivíduo com a doença deve se submeter ao tratamento clínico por, pelo menos, dois anos, sob supervisão médica, antes de ser considerada a cirurgia.
Trata-se do único método que promove perda de peso prolongada. Além disso reduz os riscos de complicações e morte. Para proteger os pacientes, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou as indicações e os tipos de cirurgia que podem ser realizados no Brasil.
Essa resolução estabelece que apenas os pacientes que preenchem os requisitos abaixo podem ser submetidos à cirurgia para tratar a obesidade mórbida. São eles:
- Indivíduos com IMC acima de 40. No entanto, pessoas com índice superior a 35 que apresentem doenças associadas com risco de vida também estão contempladas. As patologias podem ser, por exemplo, diabetes melito, apneia do sono, hipertensão arterial, dislipidemia, doenças das artérias do coração e das articulações;
- Ter idade superior a 18 anos. Jovens entre 16 e 18 anos, bem como os idosos, podem ser operados apenas após precauções especiais;
- Devem ter tido resultado insatisfatório do tratamento clínico;
- Não ter dependência em drogas ilícitas ou em bebidas alcoólicas, bem como não possuir doenças psicóticas ou demências;
- O paciente e a família devem compreender os riscos e as mudanças de hábitos inerentes à cirurgia. Além disso, precisam estar cientes da necessidade de acompanhamento pós-operatório com uma equipe multidisciplinar por toda a vida.
Os candidatos à cirurgia, conscientes dos riscos e das modificações que irá causar em sua vida, precisam ser submetidos a uma avaliação pré-operatória completa. Dessa forma é possível determinar as complicações que podem ocorrer e comprometer o resultado.
A avaliação é realizada por uma equipe multidisciplinar experiente no cuidado a pacientes com obesidade mórbida. Não só serão solicitados exames, mas também uma análise com especialistas das áreas de endocrinologia, nutrição, psiquiatria ou psicologia, e outros que possam ser considerados necessários.
As operações utilizadas para tratar obesidade mórbida também são conhecidas como cirurgia bariátrica. Os diversos procedimentos existentes podem ser divididos em:
são operações que reduzem o tamanho do estômago e limitam a quantidade de alimento que o paciente poderá ingerir. Nesse sentido, mesmo que queira, o indivíduo não consegue consumir uma grande quantidade de alimento de uma só vez, passando a se sentir satisfeito com uma porção menor.
Entre os tipos de cirurgias restritivas está o balão intragástrico, feito de silicone e que é inserido no estômago para reduzir sua capacidade e a ingestão de alimentos. É um método temporário que deve ser retirado após, no máximo, seis meses para evitar complicações.
Outra opção é a banda gástrica, uma prótese de silicone em forma de banda ou fita, colocada em volta da parte de cima do estômago. Dessa forma, cria um reservatório de pequena capacidade, cerca de 30 ml. O grau de estreitamento do órgão pode ser ajustado, ampliado ou reduzido, no pós-operatório com a injeção de líquido na banda.
Além disso, a gastrectomia vertical também é uma opção. Consiste em retirar um pedaço considerável do estômago (cerca de 70 a 80%), deixando apenas um pequeno segmento. É de fácil realização e possui complicações nutricionais mínimas.
Essas cirurgias fazem um desvio do intestino e diminuem a quantidade de alimentos que o organismo pode absorver. Dessa forma, a parte do alimento não absorvida é eliminada nas fezes.
Associam a redução do tamanho do estômago com um desvio do intestino. Assim, ocorre tanto uma diminuição da quantidade de alimentos que pode ser ingerida quando da porção que pode ser absorvida pelo organismo.
Para uma boa recuperação, é importante que o paciente siga as orientações abaixo:
O médico deverá orientar como será a dieta pós-operatória, normalmente evitando grandes quantidades de alimentos em uma única refeição. Além disso, poderá receitar vitaminas e sais minerais;
As incisões serão fechadas através de pontos e cobertas com curativos. Então, é comum que ocorra inchaço, hematomas ou pequenos sangramentos. Não é preciso se preocupar;
Respire fundo por 3 vezes a cada hora. Desse modo, você expande melhor seu pulmão e evita complicações como, por exemplo, febre e pneumonia;
Evite ficar muito tempo sentado ou deitado. Por isso, procure andar bastante e subir escadas. Quando estiver se movimentando rápido e com pouca dor, pode voltar a dirigir. Além disso, não deve levantar objetos pesados e tossir/espirrar com delicadeza para evitar hérnia;
Caso a operação tenha sido feita com a técnica de laparoscopia, é comum sentir dor no ombro. Geralmente, desaparece em poucos dias.
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