Dor abdominal intensa pode ser um sinal de pancreatite?

    Dor abdominal intensa pode ser um sinal de pancreatite?
Pâncreas 11 de abril

Dor abdominal intensa pode ser um sinal de pancreatite?


Sabemos que o pâncreas é um órgão que compõe o sistema digestivo, sendo responsável pela produção de substâncias que auxiliam na digestão. Quando há alguma agressão a esse órgão, seja pela ingestão excessiva de bebidas alcoólicas ou pela migração de um cálculo da vesícula biliar para a via biliar, podem surgir sintomas como a dor abdominal, indicando uma possível pancreatite.

No artigo de hoje, vamos abordar um pouco melhor o assunto. Acompanhe a seguir e descubra se de fato a dor abdominal pode ser um sinal da doença e o que fazer ao receber o diagnóstico!

Definição de pancreatite

A pancreatite é uma condição caracterizada pela inflamação do pâncreas, podendo ser aguda ou crônica.

Em sua forma aguda, é provocada por um pequeno cálculo na vesícula biliar que migra para o canal de entrada do intestino junto da bile e pâncreas. Outra causa importante de pancreatite aguda é a ingesta exarcebada de bebidas alcoólicas. 

Assim sendo, o indivíduo apresenta o aumento do órgão que consequentemente gera a inflamação. 

Por sua vez, a pancreatite crônica tem como a sua principal causa a ingesta excessiva de bebidas alcoólicas, com o aparecimento de processo inflamatório crônico que substitui o parênquima  pancreático normal por fibrose.

Nesse caso, deve ser feito acompanhamento médico constante. Isso porque o indivíduo corre o risco de perder as funções do pâncreas de maneira progressiva.

E quais são os sintomas de pancreatite?

Na pancreatite aguda, a dor abdominal de forte intensidade localizada em andar superior do abdômen que irradia para o dorso é o principal sintoma dessa doença. Podem estar presentes sintomas como náuseas e vômitos, assim como, distensão abdominal. Além disso, sintomas como febre e icterícia podem estar presentes ao diagnóstico.

Na pancreatite crônica, a dor abdominal também é o principal sintoma da doença. No entanto, com a evolução da doença surgem sintomas como perda de peso, diarréia ou fezes com gordura e sintomas relacionados com o aparecimento de diabetes.

Também podemos destacar alguns fatores de risco da doença, tanto aguda, quanto crônica. São eles:

  • Cálculo biliar;
  • Bebidas alcoólicas em excesso;
  • Tabagismo;
  • Uso de medicamentos, entre outros.

Como funciona o diagnóstico de pancreatite?

Em geral, o diagnóstico é obtido por meio de exame clínico e levantamento do histórico do paciente. Assim sendo, a doença será detectada apenas após os resultados de exames de sangue (amilase e lipase) e exames de imagem como a tomografia de abdômen.

Pancreatite tem cura?

Sim, existe cura para a pancreatite desde que, logo após o diagnóstico, o indivíduo seja encaminhado para tratar de maneira adequada a doença. O recomendado é iniciar o tratamento e manter o acompanhamento com os médicos. 

O tratamento da pancreatite aguda consiste no jejum, hidratação e otimização da analgesia para o paciente. Em alguns casos, podem ser necessários métodos endoscópicos, como a colangiopancreatografia endoscópica, utilizada na extração dos cálculos e drenagem da via biliar. Caso a pancreatite aguda seja causada por cálculo biliar, indica-se o procedimento cirúrgico de remoção da vesícula biliar, a colecistectomia.

O tratamento da pancreatite crônica consiste principalmente na identificação do fator causador da pancreatite crônica e a eliminação desse fator, ou seja, no caso da pancreatite crônica de etiologia alcoólica, suspender a ingestão de bebidas alcoólicas é fundamental. Além disso, podem ser necessárias medicações analgésicas, suplementação com enzimas pancreáticas e uso de medicamentos para o tratamento da diabetes. Nos casos nos quais há pouca resposta ao tratamento clínico, o tratamento cirúrgico deve ser considerado.

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